sábado, 25 de dezembro de 2010

Dia inesquecível
Lançamento do livro "Luz, Câmera, Poesia..."
Dia 14/11/2010.

Um encontro verdadeiro de arte
onde a sensibilidade está expressa em cores
distintas que se entrelaçam nas poesias.


Arte do livro
José Roberto Mercado

O meu coração chora


Desde quando acordo
E te sinto diferente
Inúteis são as tentativas em ler sua mente.
Meu coração chora
Quando na hora do almoço
Sentados em lados opostos
Apenas olhares se cruzam entre nós.

Meu coração chora
Quando o trabalho
Toma todo o seu tempo
Pois não consideras meus argumentos.

Meu coração chora
Quando a noite vem
E cansados deitados lado a lado
Apenas o silêncio se mantém.

Meu coração chora
Quando com as malas na mão
Sua imagem reflete confusos sentimentos
Resumidos no fim de uma relação sem sentimento.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Acordo


O corpo exige atenção

Fala de suas ansiedades implícitas

Encoraja a mente a reconsiderar
Os abalos constantes
Faz juras sublimes
Diz que ambos os universos
Se perdem nos desencontros
Precisam imediatamente
De um novo nascimento de luz
Assim a matéria sem voz
Que sempre encontra na fúria
Uma porta de alívio
Um descompasso
Que acena um pedido de amor
Amor inesgotável a vida
Fará um chamado ao bom senso
Prisioneiro do tempo
Em que uma comunicação
Imperceptível se arrastou
Transformando pessoas
Em coisas versáteis
Nesse concerto
Afinar-se-á os sentidos
Com a leveza da sensibilidade
Para que no acorde dos olhos
Ambos permaneçam
Na mais plena harmonia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Aprendendo com as TIC


A vida docente nos apresenta transformações constantes que nos fazem repensar em novas estratégias para alcançar resultados satisfatórios no cotidiano escolar. Por isso não se pode negar a necessidade de buscarmos novas fontes significativas visando ultrapassar uma visão ingênua da realidade, aliada a esse ideal consideramos fundamental todo incentivo a formação continuada de professores através de novos cursos na área. Nesse contexto, valorizamos imensamente a iniciativa do MEC em ofertar cursos essenciais a formação continuada, dentre os muitos, destacamos o curso Tecnologia Educacional: Ensinando e Aprendendo com as TICS(2010) que surgiu com muitas janelas capazes de despertar distintos posicionamentos de profissionais dispostos a enxergar além da paisagem aparentemente nítida, demonstrando como lidar com as mudanças tecnológicas inerentes ao universo escolar é um dos meios incandescente de contribuir com uma aprendizagem eficiente.
Isso nos remete a Edgar Morrim que diz: "Na história, temos visto com freqüência, infelizmente, que o possível se torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Mas vimos também que o inesperado torna-se possível e se realiza; vimos com freqüência que o improvável se realiza mais do que o provável; saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável." Diante dessa gigante onda virtual que se estende, o desafio se instá-la a todos os educadores, refazer a educação, almejando construir um ensino realmente democrático baseado em alternativas pedagógicas que culminem em um modelo de sociedade solidária, movida pela necessidade de superar o individualismo. Para tanto, precisa-se que seus regentes sejam conectados com os recursos tecnológicos existentes, não temam o novo que ora se aproxima, para assim contribuir com o potencial dos educandos, tornando viável o sonho de ver na prática uma educação de qualidade.
Baseado nisso, o desenrolar do curso se deu com muita produtividade e entusiasmo, pois foi possível adentrar em leituras que destacavam conceitos diversos envolvendo o uso das tecnologias na educação, novos pensamentos enfatizando a relevância de interagirmos com as ferramentas existentes para compreendermos a melhor forma de utilizá-las, exploração das tecnologias de Informação e Comunicação das escolas, sem comentar, que fomos motivados constantemente pela instrutora responsável Edilene Quirino, a qual atendia a todos com presteza e competência, auxiliando na troca de idéias e concretização das atividades solicitadas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Retrato


Por onde quer que olhe
Só interpreta o medo
Frágil expressão
Que a desconforta
Deixa seu mundo
Sem prenúncios
Desconectado com a realidade
Qualquer ligação
A impede de existir
Nesse intervalo que a vida lhe proporciona
Um transe involuntário
Busca rastrear suas mensagens
Camuflatadas por nuvens depressivas
Que desejam tornar ainda mais terrível
Seus dias, suas noite e assim
Reduzir a pó sua vida
Enquanto vive seu monologo
Particular numa ciranda de sonhos e fantasia
Surpresa reconhece o brilho disposto
Em sua Iris
ícone que num relance
A faz enfrentar sua temível identidade
Descaracterizada insiste
E volta a vida real
Com a promessa de jamais
Se separar do seu
Retrato.

Pais e Filhos



No ventre frutos de pensamentos
Concebidos pelo desejo a vida
Movem-se simetricamente
Anunciam o bailar da inocência
Que em volta de seu oceano maravilhoso
Deleita-se na sede de estrear
Dizer as pessoas que seu coração bate
Como a brisa repentina que surge
Num itinerário interior
Repleto de escalas intensas
Que trazem a luz do inevitável
Através da prosa do tempo
Afirmando que a vida é o maior milagre
Que nos torna pais e filhos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

METADE

Entre os corredores do jardim de infância

Percebo os passos perdidos de alguém que se cala
Prefere o silêncio eterno

A recusa do inesperado

Recolhe as palavras não ditas
Ao universo de versos

Que falam por ti

Oscilam na voz tímida

De quem agora se permite

Um pouso nas ousadias
Um início de rebeldia

Através de uma aula sem professor

Sem cor, sons, apenas o desejo

De levitar nas distorções

Que ora trafegam dentro de ti.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Verdades



São mitos todos aqueles sorrisos

Que de certo modo me afetam
Plantam esperanças num mundo
Movido por tempestades cientificas
Por vezes um berço de pessoas incrédulas
Céticas no surgimento do fim
Mas entre um jardim de amor perfeito
Belas miniaturas com olhar ingênuo se pronunciam
Singelos gestos vivos ao alcance
Das ínfimas gotas de vida
Que se espalham ao seu redor
Insistem em se jogar
No ar e sentir a leveza
Que guarda dentro de ti
Tomar o gramado como sua cama
Admirar o céu de nuvens faceiras
Tamanhas peraltices as tornam inteiras
E se ainda sombra da dúvida
Ameaçar chegar, o saber
De tudo que se é vivido
Na mais plena das entregas
De forma imediata a resposta pulsará
Da moradia mais intensa do ser humano
Outra maior não há,
Sempre amar
Será a única
Verdade.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Existência

No ato de pensar
Estreitas paredes de delírios
Trazem o eterno desejo de ser sol
Estrela maior que moldura o universo
E produz tons descompassados
Linguagens que vestem
A lucidez ancorada no avesso das palavras
Mas ainda assim se senti medo
Por não dominar tamanha explosão natural
Dentro de si chamada "felicidade"
E ao inves de ressurgir da morte
Toma como destino a fuga
No colo do nada
Cercado por uma tristeza sem fim
Para que ainda no vazio
Viva!!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mudança das Estações


As janelas estão a anunciar
Com o canto do vento
Que o inverno deseja
Um pouso em nossas vidas
Ensinar a sincronia das estações
É preciso aquecer os corações
Para que na entrada da primavera
A beleza das flores seja compreendida
O sol possa surgir e irradiar a natureza
É no verão que os raios solares
Elevam a temperatura
A fim de despertar a consciência que
Incessantemente hiberna
Sem lutar pela vida
No outono a linguagem das flores
Agitam-se ao descer o solo
Na expectativa de deitar-se
Em sua cama fértil
Mas assustadas imediatamente
Mudam de cor ao ver sua face
Soterrada num ciclo de contaminação
Que a deixam desfigurada.

Encontro

Quero ver exalar
Entre os pontos extremos
Que nos separam
A verdade que se faz presente
Não sois meu
Assim como também não pertenço a ti
Somos como o sol e a lua
Existimos em tempos opostos
E quando nos aproximamos
Descobrimos num eclipse
Que um encontra no outro
O sentido
Da vida...


sábado, 8 de maio de 2010


De perto

Entre as estrelas

Busco refúgio

Uma forma real de te encontrar

Algo mais que poesia

Transformar

O tempo e o espaço

Talvez um pouco

De arte

No descaso de sonhos

E ilusões meramentes

Eternas

Em corações que cantam

Notas de amor

Por trás de versos

Ainda desconhecidos

Presos

Próximos à alma

No universo

Da eterna vida

Que repousa

Entre as estrelas.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Viajar

Quero subir
E descer a imaginação
Pousar nas asas
Acirradas da paixão
Sem negar os estragos
As imperfeições
Que agridem meu ser
Implodir-me
Seria a saída
Mais fácil
Mas o peso
Constante dos olhos
Me tornaria
Vitíma de mim mesmo
Sem argumentos
Para Justificar
Minha completa
Incapacidade
De me encontrar
Além do superficial
No mais profundo mar
De desejos que extrapolam
Os arranjos do meu corpo.

Quem sou eu

Minha foto
Sou uma eterna apaixonada pela magia das palavras, percorro linhas de imaginação que insistem em me deixar ecoar por de traz de singelos textos, em volta de pleno mistério insóluto expresso na tentativa de viver na linguagem daqueles que como eu buscam se encontrar.